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Sistema Remotamente Pilotado da FAB combate desmatamento na Amazônia


A Força Aérea Brasileira (FAB) demonstrou à imprensa, no início de agosto, o Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP) durante a Operação Samaúma (Garantia da Lei e da Ordem ambiental que ocorre em terras indígenas). O SARP desempenha um importante trabalho de reconhecimento de áreas de desmatamento na Amazônia Legal 

Operado pelo Esquadrão Hórus (1°/12° GAV), sediado em Santa Maria (RS), o Sistema identifica e fotografa, com tecnologia termal e em tempo real, imagens aéreas com possíveis delitos, contribuindo com os órgãos fiscalizadores no mapeamento das ações de combate.

Elbit Hermes RQ-900 FAB7810

Com autonomia de até 30 horas, a ARP (Aeronave Remotamente Pilotada) pode sobrevoar até mil quilômetros sobre as áreas de interesse, a partir do Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), localizado na Serra do Cachimbo (PA), onde ocorrem as decolagens.

CPBV, também conhecida como Base Aérea do Cachimbo
CPBV, também conhecido como Base Aérea do Cachimbo

Operação

Após 80 quilômetros voados, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF), assume o controle e a coordenação tática de forma remota. Da capital federal, os dados captados são analisados, dando suporte aos Comandos Conjuntos e às agências reguladoras e de fiscalização.


"A unidade militar está basicamente, no meio dos quatro estados que abrangem a Operação Samaúma: Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. A aeronave pode se deslocar para qualquer ponto destes estados. Ou seja, está, estrategicamente, muito bem posicionada, dando apoio na região norte do Brasil”, explicou o Diretor do Campo de Provas Brigadeiro Velloso, Tenente-Coronel Aviador Leonardo dos Passos de Araújo.


O SARP registra e transmite as informações a partir de uma plataforma satelital. “A imagem em tempo real fornece ao decisor a informação que ele precisa para mover todos os demais meios, gerando economia e eficiência muito maior na ação futura”, esclarece o Chefe da Seção de Operações do Esquadrão Hórus, Major Aviador Vinícius Marques da Rosa.

O Sarp já operou em eventos como a Copa das Confederações, Copa América, Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio 2016.

COMAE

O Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida, Comandante do COMAE (Comando de Operações Aeroespaciais), explicou como é a contribuição da FAB na Operação. “Nós temos oficiais de ligação e representantes nos órgãos que solicitam as imagens. 

Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida, Comandante do COMAE

Eles determinam a área de interesse e, a partir daí, nós planejamos a missão e definimos qual o sensor mais adequado para executá-la. Ou seja, identificamos qual a melhor solução para aquele caso e enviamos a plataforma – a aeronave, o satélite ou a ARP – para fazer o levantamento dos dados. Nós processamos a imagem e informamos imediatamente para quem fez a solicitação”, conta. 

Comando de Operações Aeroespaciais
 
Detalhes do Elbit Hermes

São cinco aeronaves do tipo à disposição da FAB, dois do modelo Elbit Hermes RQ-450 e três do modelo RQ-900. Os modelos possuem sítio comum de operação mas RPA diferente. 

O RQ-900 possui pouco mais de uma tonelada de peso e 15 metros de envergadura. A aeronave pode operar a uma altitude de 30 mil pés e velocidades entre 65kt (cruzeiro) e 120kt (máxima) com autonomia de até 30 horas.


O RQ-450 possui pouco mais de meia tonelada de peso máximo de decolgaem e 10,5 metros de envergadura. A aeronave pode operar a uma altitude de 18 mil pés e velocidades entre 60kt (cruzeiro) e 90kt (máxima)  com autonomia de até 18 horas.. Este modelo não possue trem retrátil nem sistrema de freios.

Ambos operam em ambiente diurno e noturno.

Campo de Provas Brigadeiro Velloso

O Tenente-Coronel Aviador Passos contou, no briefing para a imprensa, sobre a origem do Campo de Provas Brigadeiro Velloso. Localizada na Serra do Cachimbo, em Novo Progresso no Pará, com área de 21,6 mil km² e perímetro de 653 km. Fica localizado próximo da BR-163 (Rodovia Cuiabá-Santarém).

Área do Estande de Aviação

A inauguração oficial foi em 20 de janeiro de 1954, com a presença do presidente da república Getúlio Vargas e do ministro da aeronáutica Nero Moura. Mas o primeiro pouso ocorreu 4 anos antes, em 1950.

A pista principal possue 2.599 x 45 metros de comprimento e a secundária 1600 metros de comprimento.

O Campo de Provas de Cachimbo foi criado em 7 de março de 1983, sendo subordinado ao Centro Tecnológico Aeroespacial (CTA).

O nome da unidade foi alterado para Campo de Provas Brigadeiro-do-Ar Haroldo Coimbra Velloso em 17 de janeiro de 1995, para homenagear o primeiro responsável pela implantação da base.

Em 30 de julho de 1997 o nome foi alterado novamente para a sua forma atual, Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV). O CPBV foi tombado em 2011.

Na área está também está o Estande da Avibras.

A missão atual do CPBV é de prover apoio operacional e administrativo necessários aos exercícios, ensaios, testes e experimentos, bem como, a de preservar a área sob jurisdição do COMAER.

Operação Samaúma 

A Operação Samaúma, de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ambiental, ocorre em terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental, em áreas de propriedade ou sob posse da União e mediante requerimento estadual. 

Ela surgiu da necessidade de intervir em 26 municípios dos estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia, nos quais foram detectados indícios de ilícitos ambientais, mapeados pelo Grupo Gestor do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL). Todas as atividades ocorrem em conjunto com órgãos e agências de proteção ambiental e de segurança pública.

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