Pioneira, Marinha finaliza testes com drone tático de ataque durante Operação “Furnas 2025”
Equipamento foi desnvolvido por militares do Corpo de Fuzileiros NavaisPor Primeiro-Tenente (T) Ederson Soares e Primeiro-Tenente (RM2-T) Daniela Meireles
Durante a Operação “Furnas 2025”, encerrada esta semana, a Marinha do Brasil (MB) finalizou os voos de testes para o emprego da primeira aeronave tática remotamente pilotada. Os primeiros lançamentos desse tipo de aeronave foram durante a Operação “Atlas Armas Combinadas”, em setembro deste ano, em Formosa (DF), e agora a MB finaliza mais uma etapa do projeto.
O protótipo foi desenvolvido por militares do Batalhão de Combate Aéreo, que já utilizavam modelos específicos para missões de inteligência, vigilância e reconhecimento. O drone tático de ataque, como é popularmente conhecido, possui 1,64 metro de envergadura, 65 centímetros de comprimento de fuselagem, autonomia de até 25 minutos e alcance de até cinco quilômetros. É equipado com carga explosiva capaz de neutralizar veículos e aeronaves.
O Capitão-Tenente (Fuzileiro Naval) Luiz Gustavo Pinto Souza detalha como funciona o equipamento.
“Foram feitas algumas adaptações na aeronave para que ela fosse segura para comportar um artefato explosivo e para que seu perfil de voo fosse mantido, conforme o projeto inicial. Além do poder de destruição, o drone pode ser operado de forma automática. Na maior parte do tempo opera com navegação autônoma, pré-programada no computador, responsável por executar pontos de referência geográficos em um mapa. O piloto pode, a qualquer momento, intervir no voo e realizar manobras, se for o caso”, explica.
Baixo custo e alto poder destrutivo
A principal característica dos drones é a capacidade de causar dano considerável ao inimigo com baixo custo de produção. “Para se ter uma ideia, um drone tático de ataque como o que desenvolvemos no Batalhão, com custo de alguns milhares de reais, é capaz de imobilizar uma viatura avaliada em milhões”, diz o Fuzileiro Naval.
“Fomos os pioneiros em lançar o primeiro drone de reconhecimento, em 2006. Agora estamos, com muito orgulho, finalizando os testes de lançamento do primeiro drone tático de ataque das Forças Armadas. Trata-se de um equipamento que pode ser usado tanto em caráter defensivo, contra possíveis agressores, quanto ofensivo, para defender os interesses do País em qualquer lugar e a qualquer hora”, afirma o Comandante do Batalhão de Combate Aéreo, Capitão de Mar e Guerra (Fuzileiro Naval) Rodrigo Rodrigues Fonseca.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
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