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Royal Aviation Group

Confira como foi as comemorações dos 106 anos da Aviação Naval


                                           Foto: Luis Camões/Defesanews

A Aviação Naval brasileira completou 106 anos no último dia 23 de agosto, que coroa o pioneirismo da Marinha do Brasil, que nos idos de 1916 se tornou uma visionária ao ser a primeira instituição militar brasileira a operar aeronaves militares no Brasil.


                                                                     Foto: Angelo Nicolacci/GBN Defense

Neste ano, o cerimonial alusivo a esta importante data, ocorreu na última sexta-feira (26) tendo como cenário a casa da Aviação Naval, a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), carinhosamente apelidada de “Macega” pelos aviadores navais, que fica localizada estrategicamente na Região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro.


                                           Foto: Angelo Nicolacci/GBN Defense






                                                           Fotos: Angelo Nicolacci/GBN Defense

A saga da “Aviação Naval” se dividi em 5 importantes fases, as quais foram apresentadas durante a leitura da “Ordem do Dia”, que abordou pontos chave destas fases, inclusive a temporária extinção desta no período compreendido entre 1941 e 1952, quando por conta da criação da Força Aérea Brasileira, decidiu-se por transferir os meios aéreos e pessoal da Aviação Naval e Aviação do Exército para a recém-criada força aérea.

Uma breve viagem pelas cinco fases da Aviação Naval

A primeira fase está compreendida no período que durou entre os anos de 1916 e 1941, marcada pela atitude visionária da Marinha do Brasil, que identificou a Aviação como importante instrumento de emprego para o poder naval, e esse importante passo deu mais frutos, garantindo não apenas a introdução da aviação militar no país, mas foi a mola propulsora do desenvolvimento das atividades aéreas no país, a partir da criação da Escola de Aviação Naval, também houve neste período o transporte da primeira mala aérea civil e militar, sendo o embrião do que viria a originar o Correio Aéreo Nacional (CAN) mais tarde.

Ainda nesta primeira fase, a Aviação Naval Brasileira esteve no teatro de operações aéreas da Primeira Guerra Mundial, integrando o 10° Grupo de Operações da Royal Air Force, onde aviadores navais brasileiros realizaram missões de patrulha aérea durante aquele conflito.

O fim da primeira fase se deu com a extinção da Aviação Naval em 20 de janeiro de 1941, conforme citamos no princípio de nossa matéria, com a criação da Força Aérea Brasileira (FAB), através do decreto que transferiu todas aeronaves, equipamentos e pessoal tanto da Marinha do Brasil, como do Exército Brasileiro, para a recém-criada Força Aérea Brasileira.

Mas essa lacuna não durou muito, após onze anos de sua extinção, as lições aprendidas nas sangrentas batalhas do Pacífico durante a 2ªGuerra Mundial, demonstrou a importância da aviação embarcada para a projeção do poder naval e o sucesso de suas operações de guerra, possibilitando esclarecimento, defesa e ataque além do horizonte a força naval, somando capacidades não apenas contra meios de superfície, mas na identificação e ataque aos temidos submarinos, arma que causou imensas perdas aos aliados naquele conflito mundial.

Conforme citamos, tais avanços de doutrina de emprego da aviação embarcada levou a uma importante discussão, onde se teve o vislumbre da importância e a necessidade de retomar a operação da “Aviação Naval”, assim no ano de 1952 foi estabelecida na Rua do Acre, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, próximo ao 1ºDistrito Naval, a Diretoria de Aeronáutica da Marinha. Nesta nova fase assistimos a uma reestruturação nas Forças Armadas, sendo necessário recomeçar uma nova fase, pois a aviação naval mundo afora, experimento um ritmo acelerado de evolução, e o Brasil precisava recuperar-se destes 11 anos inativos.

A Diretoria de Aeronáutica da Marinha, teve muito trabalho, realizou diversos estudos, que culminaram na criação e instalação em 1957, do Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval, e posteriormente a chegada dos primeiros helicópteros, em 1958, e pela chegada ao Brasil do Navio-Aeródromo Ligeiro “Minas Gerais”, em 1961. Neste mesmo ano foi criado o Comando da Força Aeronaval e iniciaram-se as operações em São Pedro da Aldeia, marcando o ápice desta segunda fase, a qual se encerrou em 1965, com novo decreto limitando a aviação naval a operar apenas aeronaves de asas rotativas, enquanto todas aeronaves de asa-fixa seriam exclusivamente operadas pela FAB, até mesmo a bordo do NAeL Minas Gerais.
                                                                         Foto: Internet

Nesta terceira fase da Aviação Naval, a mais longa, tendo se iniciado em 1965 e se prolongado até o ano de 1998, a Marinha do Brasil passou a operar exclusivamente aeronaves de asa rotativa, recebendo helicópteros antissubmarino SH-34 originalmente adquiridos pela FAB para atuar no combate antissubmarino. Neste momento, a Marinha do Brasil era uma das poucas marinhas do mundo que operavam com helicópteros embarcados, sendo capaz de operar sob qualquer tempo, tanto de dia como a noite, e operando com meios aéreos em navios de porte relativamente pequeno.

Mas em 1998 a Aviação Naval entrou finalmente em sua quarta fase, onde depois de permanecer mais de trinta anos restrita a operar apenas helicopteros, reconquistou o direito de operar com asa-fixa a bordo de seu NAeL Minas Gerais.
                                                                                            
A aeronave escolhida para dar início a essa nova fase, foram os A-4KU Skyhawk adquiridos junto ao Kuwait, estocados desde a guerra com o vizinho Iraque, as novas aeronaves representaram um importante avanço na capacidade da força aeronaval, com o Brasil entrando no seleto grupo de países com capacidade de operar aeronaves de alta performance a partir de porta-aviões.

                                                               Foto: Angelo Nicolacci/GBN Defense

E neste ano de 2022, o AeroDefesaNaval esteve presente ao momento que marcou a entrada da quinta fase da Aviação Naval, com a ativação do 1º Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas, passando a operar o SARP “ScanEagle”, sendo um grande salto tecnológico, aliado a outros importantes programas de modernização e introdução de novas capacidades tecnológicas a aviação naval brasileira.



Para nós é motivo de orgulho poder escrever sobre essa maravilhosa saga de nossa Aviação Naval, e agradecer a todo empenho e profissionalismo daqueles que desde os primórdios até os atuais dias, dedicam suas vidas a proteger nossos céus e nosso mar territorial, estando sempre prontos para atender ao chamado, seja no mar ou em terra, a Aviação Naval esta sempre pronta com suas asas para defender nossa soberania e salvaguardar a vida no mar, atuando também em diversas missões em apoio a outras instituições, salvando vidas em diversas tragédias naturais ou desastres ocorridos em nosso país. E nos resta saudar esses bravos heróis alados, pelos 106 anos de muita garra, suor e sangue.

“No Ar, Os Homens do Mar” Parabéns a todos aqueles que fazem parte desta fantástica saga.


Confira mais fotos da Cerimônia abaixo:

                                                                                      Foto:  Angelo Nicolacci/GBN Defense


                                                      Foto: Angelo Nicolacci/GBN Defense


                                          Foto: Angelo Nicolacci/GBN Defense


                                           Foto: Angelo Nicolacci/GBN Defense


                                           Foto: Angelo Nicolacci/GBN Defense


                                            Foto: Angelo Nicolacci/GBN Defense

                                                    Foto: Angelo Nicolacci/GBN Defense


            Foto: Angelo Nicolacci/GBN Defense

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